“Em uma entrevista com a INSIDER, Williams discutiu sua trajetória pessoal de cabelo e aconselhou quem está pensando em pintar”, descreveu o portal em sua chamada para a entrevista com Hayley sobre coloração de cabelos. Leia a tradução abaixo!
Hayley disse que quem pinta o cabelo deve se perguntar o porquê disso antes de fazê-lo
Para alguns, Hayley Williams é a grande vocalista do Paramore, conhecida pelo seu crescente vocal e cabelos brilhosamente coloridos. Mas ela também é uma mulher de negócios.
Williams criou a Good Dye Young, uma marca de tintas para cabelo livre de crueldade animal, em 2016, junto com seu maquiador e cabeleireiro Brian O’Connor. A marca vende tanto tintas temporárias quanto semipermanentes, e recentemente lançou seus produtos em todas as lojas da Sally Beauty ao redor dos EUA.
Hayley contou à INSIDER que as pessoas deveriam tentar entender “o que está acontecendo por dentro” delas antes de pintarem o cabelo.
O processo de pintar o cabelo pode ser intimidador. Enquanto alguns têm medo de pintar de cores fortes e as pessoas julgarem, alguns têm medo de que a tinta cause grandes danos ao fios. Pessoas que estão nervosas para tomarem a atitude criaram até uma página no Reddit sobre pintar o cabelo.
Mas, de acordo com Williams, veterana em coloração de cabelos, o processo pode se tornar um pouco mais fácil ao descobrir “o que está acontecendo por dentro” antes de fazer uma grande mudança por fora.
Ela diz que vale a pena ir mais a fundo, perguntando questões tipo: “O que está acontecendo dentro de você?” e “Por que você quer fazer isso?”.
“Está acontecendo alguma coisa? Você passou por um término? Conseguiu um novo emprego? Está se mudando para uma nova cidade? Qual é o ‘porquê’ por trás do motivo de você querer pintar o cabelo?”
“Penso que se você souber o motivo de estar escolhendo certos acessórios ou o porquê de estar se expressando em certos jeitos ajuda a ficar mais confiante quando essas coisas são questionadas”, Williams disse.
Cabelo de cores fortes é o destaque do estilo de Hayley, mas nem sempre foi bem aceito por todos
Ao longo de sua carreira, Williams experimentou uma grande variedade de cores e cortes de cabelo.
Ela usou um estilo colorido quando promovia o segundo álbum do Paramore, “Riot!“, e fios em duas tonalidades durante o lançamento do álbum “Paramore“, em 2013. Recentemente, Williams optou por um novo começo descolorindo seus cabelos.
Williams disse que por crescer em Mississippi “não tinha acesso” aos tipos de moda e beleza que ela “estava interessada”. Ela constantemente se pegava assistindo MTV escondida enquanto sua mãe não estava em casa, onde podia “ter uma ideia de como era o resto do mundo”.
“Eu via mulheres como Missy Elliot e Gwen Stefani fazendo coisas incríveis em seus cabelos, suas maquiagens, suas escolhas de roupa”, ela disse. “Senti que aquele era o mundo, que até sem contar a música, que eu queria fazer parte – onde você pode ser muito expressivo.”
Williams mais tarde se mudou para Franklin, no Tennessee, que descreveu como “uma cidade muito conservadora”. Foi lá que ela começou a se interessar por música e criar um grupo de amigos, que fizeram ela se sentir confortável o suficiente para arriscar na aparência.
“Em qualquer lugar que fosse, principalmente quando o Paramore lançou o ‘Riot!‘, meu cabelo teria tipo três cores diferentes”, ela disse. “Não iria a lugar algum sem visuais estranhos.”
“Acho que minha personalidade era muito desafiadora, e mesmo que isso me incomodasse, eu tentaria superar isso e quase usar minha angústia para contornar”, continuou Williams.
A musicista-agora-empreendedora também comentou sobre a experiência de sua família com coloração de cabelos. De acordo com Williams, sua avó mistura a tintura Good Dye Young semipermanente com um roxo, chamado People Eater, para “dar a ela um brilho natural ao seus cabelos naturalmente grisalhos.”
“Ela tem aqueles olhos azuis brilhantes e as pessoas meio que veem isso quando ela vai ao mercado ou coisa assim”, Williams disse sobre o cabelo de sua avó.
“Mas ela me contou que quando ela estava em uma viagem de volta à Mississippi recentemente, ela estava tipo, ‘Eu meio que, pela primeira vez na vida, senti o que você descreveu, e eu não sei como reagir'”, Williams continuou. “‘As pessoas estavam encarando e eu posso dizer que eles acharam estranho’, e ela disse, ‘Eu não entendia esse sentimento antes.'”
Mesmo assim, Williams entende que nem todo mundo é tão confiante quanto ela e sua vó ao lidar com esses julgamentos.
“Nem todo mundo usará o desafio para ajudar a colorir o que eles são e como eles se sentem, ou até mesmo para se descreverem”, ela continuou. “Então tem sido importante que usemos diferentes tipos de imagens e diferentes tipos de pessoas em nossas galerias online e redes sociais, porque eu fui um tipo específico de criança.”
Williams acredita que cores fortes estão “se tornando parte do comum” na moda e beleza
“Eu não costumo usar essa palavra – porque sei que representatividade significa muito mais do que escolhas que você faz no cabelo e aparência, mas acho que ver pessoas que querem expressar sua identidade em alto tom na moda e em capas de tradicionais, convencionais e lindas revistas é muito bom para garotas que não são como eu fui aos 14, que não são desafiadoras e angustiadas, mas ainda assim têm interesse em estar na moda e ser bonita.”
“E não tem nada de errado nisso”, Williams disse.
Tradução e adaptação: equipe do Paramore BR | Fonte