Review de “After Laughter” por Paste Magazine
Por em 12 de maio de 2017

A revista americana de entretenimento Paste publicou um review sobre o recém lançado álbum ,After Laughter“, do Paramore! Confira a tradução completa:

Paramore está de volta vingativo, mas com um pouco mais de autoconhecimento. A banda do Tennessee anunciou isso em seu quinto álbum, com a primeira música (e single) “Hard Times,” repleta de sintetizadores e capaz de reconhecer que o trio liderado, como sempre, por Hayley Williams tem passado por várias coisas. É algo que a cantora de 28 anos declara por si mesma em “Rose-Colored Boy” (“Eu quero que você pare de insistir que não sou uma causa perdida/Pois eu passei por muitas coisas/Realmente tudo o que consegui foi ficar irritada/Se está tudo certo por você”). Mas com After Laughter, ela e seus companheiros de banda provam que eles não desistirão sem ao menos lutar.

Com o álbum autointitulado em 2013, Williams e companhia sugeriram algo mais polido, mais pop e que nos preparou para este álbum cheio de energia. O resultado: um álbum inegavelmente repleto de ganchos que fogem das raízes do grunge-rock e encontra a banda em um lugar no qual eles novamente encontraram a diversão.

Mesmo a banda não estando alheia ao drama (os irmãos Farro deixando a banda sete anos atrás e a ação judicial do ex-baixista Jeremy Davis por royalties), After Laughter reúne Williams e o guitarrista Taylor York, que continuaram com a banda durante os momentos difíceis, com o baterista Zac Farro. E com essa reunião (que parece estar representada em meio aos gritos de “Grudges”), os fãs poderão ver como o emo adulto se parece. Para o Paramore, eles o encontraram em um new wave pop dos anos 80, mantendo a estética que os fãs conheceram ao longo de 13 anos, graças ao vocal preciso e açucarado de Williams. Aproveitando a deixa de ícones feministas, como Blondie e Cyndi Lauper, e fenômenos pop atuais, como Grimes e Sky Ferreira, ela deixa claro que fará as coisas de seu jeito de agora em diante, por exemplo, apontando mais de uma vez que ela superou a necessidade de sorrir a todo o custo.

Mesmo que as letras possuam um tom mais obscuro, Williams ainda tenta olhar o lado positivo (“Pelo o que sei/o ruim está acabado/e o melhor está para chegar”)*. O seu ponto de vista brilha mesmo através das baladas (“26,” “Pool”). Enquanto as melodias soam sinceras, a atitude de Williams ainda persiste, quando ela despreocupadamente usa a palavra “honey” (querido) em “Idle Worship”: uma referência àquela perspectiva amarga de “Misery Business”, quando a banda estourou.

Uma vez imerso no álbum pesadamente pop que é o After Laughter, torna-se claro que a perspectiva menos angustiante do Paramore é algo apenas de aparência. Se você observar a fundo, é possível ver Williams batalhando consigo mesma em busca de reparação (“Forgiveness,” “Caught in the Middle”) e fingindo para o público (“Fake Happy”). A Williams que todos amam ainda está ali, mas ela se tornou melhor em deixar as coisas para trás. Ela não está preocupada, então por que estaríamos? Está na hora de amadurecermos com o Paramore.

*A ordem da letra de Told You So foi apresentada de maneira alterada na resenha. O correto seria: “Pelo o que sei / o melhor está acabado / e o pior está para chegar.”

Tradução e adaptação: Paramore BR | Fonte.

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