Hayley concedeu uma entrevista ao portal Entertainment Weekly na qual comentou sobre o “After Laughter”, a saída de Jeremy Davis, a volta de Zac Farro e até mesmo sobre o seu visual! A vocalista também comentou sobre as dificuldades e incertezas acerca da continuidade da banda. Confira traduzido:
Hayley Williams explica como o Paramore continuou junto após o tumulto
O ciclo do último álbum do Paramore foi ótimo. Depois de lançar o álbum autointitulado – o quarto no total – em 2013, o single “Ain’t It Fun” liderou as paradas de uma forma que nenhuma outra música do Paramore havia feito. Atingiu o top 10 da Billboard Hot 100 e garantiu à banda um Grammy por Melhor Música de Rock. Mas, as coisas logo se tornaram ruins quando o baixista Jeremy Davis deixou a banda, em 2015.
Porém, ao invés de dizer adeus ao Paramore, a vocalista Hayley Williams e o guitarrista Taylor York se mobilizaram. Juntamente com o membro fundador Zac Farro, que se retornou à banda depois de sete anos, eles usaram tudo o que passaram como inspiração para o After Laughter, um disco de retorno feroz, que inclui faixas inspiradas nos anos 80 e mantém o som emo-pop do Paramore, como em “Hard Times” e “Told You So”.
Hayley leva a EW através do tumulto que desembocou nas novas músicas, como foi ter Farro de volta e porque ela dispensou o seu cabelo tingido (por enquanto).
Primeiramente: você pode explicar o título do álbum, After Laughter?
Simboliza a reação de uma pessoa quando ela ri muito e o momento em que ela retorna à realidade – eu gosto de repara-las por isso. Talvez eu seja uma aberração. [risos]
Passaram-se quatro anos desde o lançamento do último álbum e muitas coisas mudaram – este é o primeiro álbum sem o baixista Jeremy Davis, que deixou a banda em 2015. Como isso aconteceu?
Toda vez que você cresce em um grupo de amigos, você ira brigar a respeito de algumas coisas e isso não foi diferente no nosso caso. Tivemos que viver algumas daquelas situações e, infelizmente, não existe maneira de fazer isso graciosamente. Foi embaraçoso, sabe? É uma droga. Mas é a vida, e algumas vezes a vida é realmente dolorosa.
O single “Hard Times” é bem energético. Mas existe um tom obscuro implícito, com a letra fazendo alusão às batalhas da banda. Como isso surgiu?
Eu percebi que não precisava igualar todo o sentimento que eu tinha com a música. Talvez o fato de colocar um pouco da minha tristeza nestes sons que me fazem querer dançar seja uma coisa boa. Talvez me ajude a superar isso. E foi assim para todos nós. Precisávamos de um lugar para colocar os sentimentos que eram difíceis de expressar. Estas músicas nos ajudaram. Eu acredito que elas serviram de terapia, de certa forma [risos].
Em algum momento vocês consideraram acabar com tudo?
Houve várias conversas durante o café [com o companheiro de banda Taylor York]. Nós pensamos, “Talvez devêssemos começar algo novo.” Mas Taylor me disse, “Se começarmos outra banda e as pessoas chamarem de Paramore, você vai se sentir tão mal. Então, talvez seja melhor ser apenas o Paramore.” Acredito que seria feliz se continuássemos criando juntos e nunca mais lançar um álbum, mas o fato de que nós criamos um álbum e que as pessoas podem ouvi-lo – ainda estou me beliscando.
Pelo lado positivo, o baterista Zac Farro, que deixou a banda em 2010, está de volta.
Parece que eu ganhei uma parte de mim de volta! Eu tenho um dos meus melhores amigos do mundo de volta e não posso esperar para estar no palco, em frente às pessoas, olhar para trás e vê-lo ali novamente.
Você e a banda eram apenas adolescentes quando o primeiro álbum do Paramore foi lançado, em 2005. Como tem sido crescer em frente aos holofotes?
É parecido com aquela cena de Bridesmaids [Missão Madrinha de Casamento]: “Acho que se você está crescendo, então você está mudando.” [Risos] Sempre pensei sobre aquela cena, mas também me sinto parecida com aquela garota de 16 anos que entrou na van e partiu com o meu pai ao volante. Nós éramos bebês.
Você mudou o seu tradicional cabelo laranja para o platinado. Qual o motivo da mudança?
O lance do cabelo foi emocional para mim. Cerca de um ano atrás, eu liguei para o meu colorista e estava tipo, “Eu estou passando por tanta coisa, emocionalmente falando. Preciso de um novo começo. Quero descolorir o meu cabelo.” Foi uma coisa importante para mim, aos 27-28 anos, me ver toda manhã quando levanto e perceber que não sou alguém que viverá do passado. Quando for a hora da Hayley Neon voltar, ela irá. Mas por ora, essa sou eu.
Tradução e adaptação: equipe do Paramore BR | Fonte