“Confete é a nossa munição”, diz Hayley Williams à revista DIY.
Por em 5 de setembro de 2014

READING AND LEEDS

Dois shows, milhares de pessoas – o Reading and Leeds marcou o final do verão com uma carga de bandas incríveis! A temporada do festival de 2014 vai embora com muito estilo.

Observação: A energia acabou. O Paramore conquista até espíritos técnicos do mal durante a apresentação como atração principal.

PARAMORE REINA VITORIOSO

Com certeza, é preciso certo esforço para olhar nos olhos do posto de uma atração principal no festival Reading and Leeds e, mesmo assim, continuar marchando para enfrentar isso. Mas é preciso um esforço de outro nível e muita determinação para enfrentar de cara problemas que estão fora do seu controle, no meio da apresentação, e mesmo assim sair sorrindo. Para quem tinha dúvidas de que o Paramore não era a banda certa para esse trabalho, o show daquela noite foi o suficiente para silenciá-los.

Na maior parte do tempo, os 75 minutos no palco foi contínuo e habilidoso. Saltando como ninguém, Hayley Williams é a insaciável bola de energia que os fãs conhecem a amam. O seu cabelo turquesa balança de um lado pelo outro enquanto ela corre e é impossível duvidar das suas habilidades como vocalista, como líder. Desde a pop e divertida “Still Into You” até a ameaçadora “Ignorance”, o poder dela desconhece o limite. Eles são hipnotizantes quando estão no palco.

Mas então, houve a primeira onda de problemas técnicos. Sentia-se que todos os técnicos haviam cortado a energia justamente durante uma das faixas do álbum Brand New Eyes. No entanto – e um pouco alegremente inconscientes – o trio continuou imperturbável. Voltando à vida, eles conseguiram passar por duas músicas sem problemas, mas com a mesma rapidez que retornou, a energia se foi novamente.

Os próximos minutos foram, indubitavelmente, um pouco confusos – incluindo a aparição de Melvin Benn, organizador do festival, no palco-. Enquanto isso, Hayley Williams reunia os seus colegas para que eles pudessem se sentar juntos na beira do palco antes de decidirem tocar a música The Only Exception à capella. A banda transformou o que poderia ser um desastre em um momento íntimo que muitas bandas nem sonhariam em fazer.

Reconectados novamente e a toda velocidade, “Last Hope” foi intoxicante, “Let the Flames Begin” foi poderosa e a sua recente extensão “Part II”, incendiária. Com Williams, silhuetada contra a parede de luzes, de joelhos no meio do palco, seus colegas de banda batendo em grandes tambores em ambos os lados, eles conseguiram atingir uma potente intensidade juntos.

Em “Ain’t it Fun”, eles dançaram como se ninguém estivesse olhando. Se nessa noite eles pretendiam ganhar o público do Reading and Leeds, eles saíram vitoriosos.

CONFETE É A NOSSA MUNIÇÃO

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“É incrível saber que estamos tocando com o Queens of the Stone Age”, disse Hayley Williams entusiasmada com o show do Paramore no Reading and Leeds. “É absurdamente legal. Há várias bandas muito boas nesse festival, e eu sinceramente não acredito que nos encaixemos com elas, mas é disso que eu gosto. Gosto de não estar necessariamente junto às bandas que estão tipicamente ao nosso redor, tocando conosco”.

No meio do sanduíche que inclui Vampire Weekend e Queens of the Stone Age, eles são uma mistura eletrizante.  “É muito legal”, adiciona o guitarrista Taylor York. “Parece que a percepção que alguns têm de nós está começando a mudar aos olhos delas, e isso é ótimo”.

Atualmente recém saídos de uma longa turnê com o Fall Out Boy, a banda está no ápice do seu poder, trazendo na manga a sua melhor produção até agora.

“Trouxemos muitas coisas da Monumentour conosco — a produção, a iluminação”, explica o baixista Jeremy Davis, “é inclusive a maior que já tivemos até aqui, o que é incrível”. “Essa é a minha produção favorita, dentre todas as que já tivemos”, diz Williams, antes que Davis continue: “É incrível. Nós temos muito confete, temos até demais… Eu acho que as pessoas da limpeza devem estar nos odiando e falando ‘nós nunca mais vamos trabalhar em um show do Paramore’”.

“Confete é a nossa munição”, diz Williams, rindo.  “É a marca que deixamos em cada show, em cada cidade. Eu sei que várias bandas fazem o mesmo, mas a cada show queremos fazer mais e mais”. “E agora, por exemplo, nós temos muito mais confetes do que na Monumentour!”, ri Davis. “Trouxemos mais que o dobro para este show, pois tem tanta gente aqui que queremos dar a impressão de que está nevando”.

Sobre ao que eles esperam alcançar com o show — tirando a parte da faxina — as intenções são de simplesmente convidar alguns novos fãs para se juntarem à família. “Esperamos que seja legal,” conclui Williams, “pois os fãs que nunca nos viram e que estão aqui simplesmente para ver outras bandas, ficarão surpresos. Acho que isso é o que mais gosto sobre estar nessa banda: ouvimos muita gente nos dizer que somos melhores ao vivo do que nos CDs, e isso é o maior elogio que alguém poderia nos dar, pois trabalhamos muito duro para fazer um bom show. Esperamos surpreender algumas pessoas, além de deixá-las empolgadas e expandirmos nossa comunidade”.

Tradução e Adaptação: Equipe do Paramore BR

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