Rolling Stone: “Eu me sinto absolutamente realizada”, diz Hayley Williams
Por em 1 de agosto de 2014


“Eu estou começando a aceitar que 25 não é 16”, disse a vocalista do Paramore sobre a performance da banda no palco. De qualquer maneira, os anos passam e tudo fica ainda melhor para eles. A revista Rolling Stone fez uma entrevista com a vocalista Hayley Williams, onde ela fala sobre Game of Thrones, o seu vício por ‘N Sync e, claro, o seu cabelo.

Há quatro anos, quando o Paramore perdeu seus membros fundadores, Zac e Josh Farro, a vocalista Hayley Williams estava certa de que a banda tinha acabado. “Eu pensei: bem, talvez seja como o final de Stand By Me”, disse Hayley, 25 anos. “Nada dura para sempre. Eu vou encontrar outra coisa em que sou boa”. Em vez disso, o Paramore persistiu e, desde o ano passado, são um trio – e ficaram marcados após o grande sucesso do single “Ain’t Fun”. “Eu me sinto absolutamente realizada”, disse Williams. “Para todas as pessoas que acreditam em nós, dizemos: vocês não fizeram tatuagens com as nossas letras para nada. Nós vamos continuar”.

O baixista, Jeremy Davis, recentemente adquiriu uma hérnia na sua turnê de verão com o Fall Out Boy. Você não está preocupada sobre talvez estar pegando pesado?
Eu estou começando a aceitar que 25 não é 16. Há sete ou oito anos, íamos no Taco Bell, pegávamos um burrito e corríamos para o palco. Agora, precisamos de duas horas para ficarmos prontos para o show – O Jeremy e o Taylor [York, guitarrista] tem que cuidar dos tornozelos e eu tenho que fazer alongamentos, assim não machuco meu pescoço fazendo ‘headbanging’. Eu estou amando isso, mas eu definitivamente poderia entrar em colapso em um destes shows.

A turnê é chamada de Monumentour, mas você não tem nenhum monumento no palco. Qual deles você escolheria se pudesse?
Ah, cara. Eu estou vestindo shorts de boxe e um sutiã esportivo, talvez por isso eu levaria o Liberty Bell e seria o Rocky.

Eu vi no twitter que você costumava ser um membro do fã clube do grupo ‘NSync’s. Isso é verdade?
Sim, é verdade. Eu nunca vou esquecer o dia em que o pacote chegou pelo correio. Eu estava tão animada, que eu gravei o dia na parede, junto com o meu pequeno cartão do fã clube e um pôster autografado – provavelmente ele não foi autografado de verdade, mas mesmo assim eu me preocupava com o pôster. Joey [Fatone] era o meu preferido e achei hilário que seu sobrenome fosse soletrado “fat one”.

Antes do Paramore, você e o Jeremy fizeram parte de uma banda cover de funk (The Factory). Existe alguma filmagem dessa banda tocando ou foi tudo destruído?
Sim, há filmagens. Nós nunca destruiríamos isso. Eu pedi à minha mãe, e parece que ela não tem nada sobre essa época, pensei tipo “Você me ama?”. Mas a família do Jeremy tem tudo em VHS. A nossa canção favorita era “Tell Me Something Good”, do Rufus e Chaka Khan. O baixo nessa música é tão incrível.

Eu li que você está assistindo Game of Thrones . Quanto tempo você acha que sobreviveria em Westeros?
Eu acho que não sobreviveria por muito tempo, porque as mulheres nessa série, Deus as abençoe, vivem a pior vida possível. A forma como elas são tratadas é revoltante. Fico tipo, “eu não posso acreditar que estou vendo isso – e eu realmente estou vendo”. Mas se eu pudesse voltar como outra pessoa, gostaria de ser o Tyrion. Ele é foda!

Você falou sobre o sexismo que experimentou quando o Paramore ainda tocava em lugares pequenos. Isso melhorou com o tempo?
Eu não sei, honestamente. Eu não confronto isso diretamente, não da maneira que confrontava quando tinha 16 anos. Eu pude ver todas as pessoas no meio da multidão e pude ouvir o que elas estavam dizendo. Eu acho que alguns não sabem lidar com garotas assumindo uma posição de autoridade.

Você acompanhou a decisão da Suprema Corte no caso Hobby Lobby, quanto ao direito das empresas privadas de recusarem o pagamento de contraceptivos na cobertura das apólices de saúde dos seus funcionários, em função da religião dos acionistas?
Isso é uma conversa que estou tendo quase todos os dias com os meus amigos, porque a minha mãe e eu, e um monte de mulheres da minha família, tiveram que tomar anticoncepcional por muitas razões além de “evitar” bebês. Acho que esse é um direito da mulher. O corpo é seu. O seu corpo está ligado com seu cérebro e você pode tomar decisões para o seu corpo. Isso é tudo o que vou dizer sobre isso.

Como você pode notar, eu não lhe pedi para explicar a sua nova cor de cabelo, ao contrário de muita gente esse ano.
(risos). Eu aprecio isso.

Qual foi a pergunta mais idiota que já fizeram sobre o seu cabelo?
Cara, quando me perguntam algo sobre o meu cabelo, prefiro falar sobre as razões que me levam a fazer isso, sabe? Para mim, é só uma maneira expressão pessoal. E isso dói muito menos do que fazer tatuagens. E eu já tenho várias.

Percebi que as músicas do Paramore vão bem em um karaoke. Já fizeram um karaoke do Paramore?
Sim. E foi uma experiência terrível. Eu costumava ir nestes lugares em Nashville, com um grande grupo de amigos, logo após a música Misery Business ter realmente ficado popular. Eles pensaram que era hilário me colocar para cantar. Bem, eu estava tipo “tanto faz”, e eu resolvi tentar. Eu não sei como isso é possível, mas eu acho que soou pior do que qualquer pessoa já soou cantando essa música. Foi lamentável.

Fonte

Tradução e adaptação: equipe do Paramore BR

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