Tanto o Paramore como o Fall Out Boy evoluíram. Atualmente, as duas bandas enchem locais com capacidade para mais de 20.000 pessoas, além de conseguirem boas críticas e colocações na Billboard. O CD Save Rock and Roll foi extremamente bem aceito e o hit Ain’t Fun marcou definitivamente a mudança de estilo Paramore. O site Tampa Bay Time recentemente fez diversas matérias sobre o assunto e review’s de shows onde ele chama a nova fase de ambas as bandas de “renascimento”. Confira agora uma matéria sobre o auge do Paramore e do Fall Out Boy e o trecho de um review sobre a performance de Hayley, Taylor e Jeremy no palco!
Parafraseando LL Cool J: Não vamos chamar isso de retorno. O que o Paramore e o Fall out Boy estão passando por estes dias é mais como um renascimento.
Pete Wentz aprendeu algumas lições importantes durante seus dias de juventude no festival Vans Warped Tour.
“Eu diria que um dos maiores problemas é que você realmente deve manter algum estado de higiene durante as turnês”, riu o baixista do Fall Out Boy durante uma recente teleconferência com jornalistas. “Voltei da Warped Tour me sentindo um novo homem. Eu descobri que você pode existir com apenas lenços umedecidos e água”.
Ah, a vida na Warped
Muita coisa mudou para o Fall Out Boy desde a sua estreia tocando punk, em 2004 e 2005. Eles estão tocando agora em locais com capacidade para 20.000 assentos, ampa’s MidFlorida Credit Union Amphitheatre, onde no sábado eles serão co-headline de um show com outro companheiro de Warped Tour: o Paramore!
As bandas têm chamado isso de MONUMENTOUR, apelido que se encaixa – ambas estão gerando altas críticas comerciais; eles têm bases de fãs similares e sobrepostas; e apesar de vindos de uma “mesma família”, eles nunca fizeram uma turnê juntos. “Nossos fãs têm pedido por isso há um longo tempo”, disse Wentz.
Mas há outra razão, menos óbvia, do motivo desta turnê ser tão importante. Fall Out Boy e Paramore estão entre as poucas bandas de rock que venceram com garra seu caminho desde as suadas fases de Warped Tour para este nível de sucesso global.
Para cada banda que começou na Warped Tour – Blink-182, My Chemical Romance, No Doubt, Avenged Sevenfold – há centenas de bandas que nunca chegaram perto de serem grandes. Quando a 20º edição da Warped Tour retornar a São Petersburgo na sexta, vai trazer cerca de 90 artistas em Vinoy Park e são muitas as chances que nenhuma delas jamais será a performance principal de um show como o do Fall Out Boy e Paramore que será no sábado a noite em Tampa.
“Certamente me sinto incrível em arenas enormes”, disse Hayley Williams, vocalista do Paramore, durante uma teleconferência dela própria. “E agora nós estamos começando a fazer todos estes shows enormes – alguns anfiteatros em que nós tocamos com o No Doubt em 2009 – e parece incrível. Não posso esperar para ver quanta festa existe entre os fãs de Paramore e os fãs de Fall Out Boy, que assistiram nossas bandas virem do nada.”
A ascensão, a queda, o renascimento
Hayley Williams, mas Fall Out Boy e Paramore estão tão próximos como parceiros quanto duas bandas podem ficar.
Aos 35 anos, Wentz é uma década mais velho que Hayley Williams, mas Fall Out Boy e Paramore estão tão próximos como parceiros quanto duas bandas podem ficar.
Ambos explodiram durante a época do emo-pop em meados dos anos 2000, atingindo o sucesso aparentemente da noite para o dia com singles de sucesso (Sugar, We’re Goin’ Down e Dance, Dance do Fall Out Boy; Misery Business e Crushcrushcrush de Paramore) e aclamação da crítica, incluindo um par de “Melhores Indicações de Novos Artistas do Grammy”. Hayley Williams, a corajosa de cabelos de fogo, se tornou uma das vocalistas de rock mais famosas do mundo, enquanto o conhecimento de Wentz com soundbites e moda – para não mencionar a voz emocionante de Patrick Stump – ganhou legiões de fãs e capas de revistas para o Fall Out Boy.
“Nós estávamos na Warped quando lançamos o “Under The Cork Tree”, e foi um verão estranho” Wentz lembrou, fazendo referência ao álbum de 2005. “Quando nós e My Chemical Romance eram ambos novatos no TRL, o que já era estranho, foi como se os planetas estivessem alinhados. Eu acho que foi a coisa mais próxima às bandas punk sendo como boy bands”.
O Grammy e MTV deram ao Fall Out Boy e para o Paramore uma grande vantagem sobre os seus antigos companheiros da Warped (embora o Paramore tenha voltado a esse festival para shows em 2008, 2009, 2011). Os seus álbuns posteriores também venderam bem, permitindo que as duas bandas fossem a atração principal de arenas e anfiteatros na Honda Civic Tour, Fall Out Boy em 2007 e Paramore em 2010.
Mas o “ter muito sucesso” logo no início da carreira teve efeito sobre as duas bandas. Em 2009, o Fall Out Boy entrou em hiato indefinido, perto da depressão, insegurança, abuso de drogas e as pressões da fama. E no final de 2010 o Paramore se dividiu, os membros fundadores, Josh e Zac Farro (guitarrista e baterista), saíram após alegarem que a banda seria pouco mais do que um veículo de marketing para Williams.
“Não só temos que passar pelo processo emocional, a dor e todo esse tipo de coisa – um pouco de raiva, algum espanto, todas aquelas emoções malucas que tivemos que passar por um tempo – estávamos ao mesmo tempo percebendo que ainda queríamos fazer música, e isso não mudou a maneira que nós nos sentimos sobre o Paramore”, disse Williams. “Por si só, antes mesmo de termos realmente escrito música, o que levou tempo, isso nos levou a fazer um esforço muito grande para conhecer uns aos outros como pessoas”.
Em 2013, ambas as bandas reagiram e voltaram para a vida de uma maneira que poucos viram chegando. Fall Out Boy voltou com o ousado CD intitulado Save Rock and Roll, com participações especiais de nomes como Elton John e Courtney Love. Ele estreou no topo das paradas, e talvez mais surpreendentemente, ganhou as melhores críticas da carreira do Fall Out Boy. Em setembro, eles se esgotaram a USF Sun Dome Arena.
Paramore, por sua vez, lançou o animado single Ain’t Fun, uma passagem estilosa do seu Punk “Hot Topic” do passado. O single tornou-se a sua maior música, atingindo o número 1 na parada de singles de rock da Billboard. “Eu acho que você jamais deve supor que um único single vai ser o seu grande sucesso”, disse Williams. “Mas este, de longe, chocou a todos nós.”
Wentz, também, soa um pouco chocado com o quão bem recebido o retorno do Fall Out Boy tem sido. “Ser capaz de entrar em anfiteatros – Eu acho que nós nem sequer tivemos a esperança de fazer isso, quando começamos o processo deste álbum”, disse ele. “Nós viemos de uma cena muito específica da música, que agora parece não existir mais. É uma coisa diferente atualmente, e estamos tentando descobrir qual é o nosso lugar”.
Balões, serpentinas e confete
Esta fase do Paramore mostra a banda como um trio: Hayley Williams, o guitarrista Taylor York e o baixista Jeremy Davis (incluindo Aaron Gillespie, ex-Underoath e The Almost, arrebentando na bateria) no auge da carreira.
A vocalista Williams é e sempre será o centro das atenções do Paramore (um fato que quase acabou com a banda em 2010), mas realmente não poderia ser de outra maneira. Sua energia traz poderes não apenas para o show ao vivo, como para sua existência.
Vestindo um top atlético e shorts largo, Williams andou por todo o palco como uma rainha, porém dando pontapés e socos no ar nas introduções de músicas como Still Into You (single de 2013) e That’s What You Get. Em seguida, For a Pessimist, I’m Pretty Optimistic e a música da fase “emo”, Ignorance.
Recentemente, foi o nono aniversário do primeiro álbum, All We Know is Falling e o Paramore aproveitou para tocar com entusiasmo Pressure e Emergency, músicas que Williams diz raramente tocar, mas, no entanto, a performance desses hits teve explosões de confetes.
Seu set de 14 músicas não foi sobrecarregado de sucessos e, na sua canção de maior sucesso, Misery Business, a banda chamou um super fã para cantar um trecho enquanto Hayley agitava a plateia energicamente.
A apresentação foi marcante: balões, serpentinas, confetes e danças por todo o palco.
Tradução e adaptação: Equipe do Paramore BR