Uma representante do site Alter The Press esteve presente no Parahoy! e contou como foi. Ela descreve a experiência como “algo nunca visto antes”. Confira a tradução:
Ahhhh! O Parahoy! foi a experiência mais incrível de todos os tempos. Fim da estória. Fim da review.
Não, sério, quando digo que foi a melhor coisa que já fiz ou que ainda vou vir a fazer, não é exagero. Nessa altura, acho que nem o nascimento do meu primeiro filho pode superar (perdão, futuros filhos!). Nunca fui muito do tipo individualista, mas parte do que fez o Parahoy! tão genuinamente especial foi o fato de que cada pessoa poder criar suas próprias memórias à bordo.
O que foi espantoso – e potencialmente incomparável – foi o nível de companheirismo. Para nós, como fãs, para mim, como escritora, e claro, para as bandas. Literalmente, não há outra experiência igual em todo o planeta, foi incrivelmente surreal. Por isso, para fazer justiça, preciso apresentar essa épica aventura (que eu não queria que acabasse nunca!) falando diretamente do meu coração.
Foi uma viagem longa e com muitos shows das 6 bandas, DJ’s e comediantes, esses foram os melhores momentos!
Dia 1:
Se espremer para esperar um show começar é uma coisa, agora fazer isso esperando o embarque de Miami para as Bahamas debaixo de um sol devastador, é outra. A ansiedade foi acalmada quando a exploração do navio que ia ser nossa casa por quatro dias começou. Quando deu 17h, estavam todos na frente do palco para ver o Paramore tomar conta, tocando um set de mais ou menos uma hora e meia (incluindo um inevitável bis, claro!). Com uma apresentação cheia de clássicos – “That’s What You Get” e “Brick By Boring Brick” por exemplo – e algumas nunca tocadas, Hayley, Jeremy e Taylor fizeram o suficiente para manter novos e velhos fãs igualmente vidrados. Pra ser sincera, eles podiam até ficar batucando em latas de lixo porque a euforia era tanta que ninguém se importaria. A verdadeira percussão veio do ex-Underoath e super-talentoso Aaron Gillespie – e foi fantástica.Daria para perdoar caso você tenha pensado que a saída da banda do deck da piscina após detonarem com ‘Miz Biz’ (mais conhecida como “Misery Business” caso tenha alguém que não seja tão fã aqui.) teria sido anti-climático, mas você estaria enganado. Se essa performance serviu pra alguma coisa, foi de catalisador para animar os espíritos do alto-mar; a atmosfera de festa à bordo. Para alguns, depois do jantar foi Tegan & Sara, para outros, era New Found Glory no Teatro Stardust. O cover de “My Heart Will Go On” deu um toque à natureza marítima da noite, diminuindo o tom de tragédia da música e resultando num final empático, quando a banda chamou a plateia de “colegas de quarto”, ao invés de “fãs”.
Dia 2:
Com inúmeras atividades, algumas com a banda, outras não, era fisicamente impossível participar de tudo. Enquanto alguns ficaram na enfermaria por conta da ressaca causada pela festa com tema “Anos 80” na noite anterior, outros já estavam com espírito festeiro renovado. Se você assistiu o hilário “Concurso de Barrigada” com Jeremy e Doug Benson, ou se você participou do Paraoke com a banda toda (vencido por uma garota de 14 anos extremamente talentosa chamada Taylor), não teve espaço para o tédio durante todo o dia até a hora dos shows.Claro, quando New Found Glory teve oportunidade de tocar no deck da piscina, debaixo do céu estrelado, a plateia satisfeita com seus grandes hits foi lembrada do porquê estavam lá – a paixão pela música. Isso não quer dizer que estou descartando o lado cômico da noite com Doug Benson e Jacob Sirof. Repleta com algumas piadas NADA infantis e brilhantes, o público presente tinha tudo para uma grande noite com o ParaProm, e os DJs eram ninguém menos que Bad Rabbits.
Dia 3:
A maior parte do dia foi dominada pela viagem até a ilha privada da banda, Great Stirrup Cay. Foi uma boa pausa da diversão e brincadeiras do próprio cruzeiro. No navio, era festa o tempo todo, então uma chance para apenas relaxar nas claras e belas águas das Bahamas foi um ótimo jeito de se preparar para o último show do Paramore no navio. Claro que tinha coisas pra fazer, como mergulhar, escorregar e um torneio de “flip-cup” com Bad Rabbits, mas sobretudo, foi uma maneira de se preparar para a noite de entretenimento.Nem todos tiveram a mesma ideia. Um pouco mais de 100 jovens optaram por ficar à bordo para conseguir ficar na primeira fila do palco, e como foram pra lá muito cedo, ficaram esgotados por conta do calor. Não precisa nem falar que, para a maioria, a exaustão acabou no momento que o Paramore entrou no palco. Para todo grande fã; essa foi certamente a junção de músicas pela qual eles imploraram a vida toda. Foi uma setlist que incorporou as novas favoritas e então, mais tarde, o sonho – surpresas do seu primeiro álbum, “All We Know Is Falling”, como “Franklin,” “Conspiracy” e “Never Let This Go, além de “Mircle” do “Riot!”, o que até agora, parecia uma memória distante. Uma visita aos velhos tempos intercalada à fase adulta da banda se passou diante de nossos olhos. E, para aqueles que como nós eram apenas adolescentes como o próprio Paramore quando os dois primeiros CDs saíram, as palavras de Hayley soaram ainda mais profundas do que o esperado. Eles com certeza amadureceram muito, como o resto de nós, mas essa noite nos lembrou o porquê eles nunca desistiram. Alguns fãs ficaram fora de si e fizeram “mosh”, alguns dançaram, outros relaxaram nas banheiras ou no terraço. Não importava. O importante foi que todos cantaram com o coração, gritaram até estourar os pulmões e estavam lá para presenciar esse momento especial. O bis emendou “Let The Flames Begin” à “Part II”, um adeus de tirar o fôlego e o símbolo do que a banda se tornou. Desnecessário dizer que ninguém – NINGUÉM – foi embora desapontado.
Mesmo sabendo que esse show do Paramore nunca seria superado, a noite continuou com uma apresentação brilhante do Shiny Toy Guns, seguido da grande “finale” da noite em forma de rave providenciada por Jeremy Davis. O tema da noite era “White Out, Glow Out” (festa de branco), os bronzeados contrastaram com os bastões de neon enquanto o DJ Jeremy mostrava suas habilidades. Não dava para agradar todo mundo, mas nada estragaria as surpresas e a inacreditável atmosfera da viagem.
Dia 4:
A manhã nasceu com um pressentimento – o fim, enfim. Mas isso não impediu que ninguém aproveitasse o máximo possível. O calor sufocante do sol das 13h não foi o suficiente para que o New Found Glory deixasse de tocar seu terceiro e último show do fim de semana, e muito menos para que a dançaria e os gritos parassem. Depois deles, teve Tegan & Sara, que trouxeram um eletro-acústico emocionante para terminar a viagem, exibindo toda sua genialidade para seus sinceros e adoráveis fãs.Mais tarde, a sessão de perguntas e respostas do Paramore, era difícil de escutar, mas foi uma fascinante visão do seu mundo, incluindo o passado e futuro da banda. Pode-se dizer que talvez haja outro Parahoy – e além disso algum tipo de Pirâmides Egípcias do Paramore. Então, PARAmids 2015, alguém?
Todos que conheçam Paramore sabem que a banda favorita em comum de Taylor e Hayley é mewithoutYou, e mesmo que seu estilo único e instável não seja consistente com nenhum das outras bandas à bordo, sua performance ao crepúsculo no teatro realmente provou que a diversidade nunca é algo ruim – especialmente quando a Senhorita Williams subiu ao palco na metade do show.
Com isso, os aspectos musicais do cruzeiro, a experiência de uma VIDA, chegaram ao fim, e os convidados colocaram seus pijamas para uma enorme (e com bebida) festa do pijama. O que nunca vai chegar ao fim são as memórias. As amizades forjadas, e até os romances que brotaram entre 2,500 passageiros de mais de 30 países. Parahoy! juntou pessoas de todos os tipos, que nunca se conheceriam se não fosse isso. Parece tosco, clichê e meloso, mas aqueles que não estiveram lá, jamais entenderão – foi diferente de tudo que você possa imaginar. Desde bandas incríveis, praia, festas, noites temáticas, as cantorias à meia-noite, “high-five” na celebridade do navio “Rainbow Beard”, “washy washy, happy happy” e muito mais, é algo que os fãs sortudos – e as bandas – nunca vão esquecer.
Até a próxima, Parahoy!
Tradução e adaptação: Equipe do Paramore BR.