Durante a passagem da banda pelo Reino Unido meses atrás, Hayley concedeu uma entrevista ao site The Aquarian, onde revelou que a banda quase não lançou Still Into You por acharem pop demais, e sobre as expectativas para o show no Madison Square Garden que aconteceu nessa semana. Confira a tradução:
Hayley, conte-me sobre o novo álbum autointitulado. Quais foram algumas das influências e como foi o processo de gravação?
Fazer esse álbum foi realmente diferente para nós e isso foi assustador, excitante e libertador, tudo ao mesmo tempo. Nós perdemos dois membros da banda e dessa vez só tinham três de nós [Williams, o baixista Jeremy Davis e o guitarrista Taylor York] que ficamos firmes com tudo e tivemos que decidir “O que isso significa? A música vai mudar, nós vamos mudar? O que irá acontecer?”.Eu acho que existiu muita pressão sobre o álbum, e em algum momento, nós tivemos apenas que parar e pensar sobre isso. Taylor e eu gastamos semanas e semanas na casa dele tentando escrever e nós apenas conversámos por horas, porque estávamos muito nervosos para começar a fazer as músicas.
Quando a primeira música saiu, era Proof, nós começamos a perceber o quão diferente isso estava se tornando. O processo todo, do começo até o final, pareceu totalmente novo. Normalmente eu gosto de ouvir a música primeiro, ouvir o que os meninos estão fazendo primeiro, e ouvir a melodia. Mas, desta vez, ela estava em todo lugar. Cada música tinha sua própria vida e tinha sua própria “coisa”, e nós tínhamos que seguir isso.
Quando nós entramos no estúdio, estávamos com esse tipo de pensamento “O que queremos, amamos, o que nos inspira, nós estamos fazendo isso.” Não importa o que qualquer pessoa pense, mas o que nós pensamos. A gente só precisava ter o nosso melhor momento fazendo as gravações.
Nos mudamos para Silver Lake, Califórnia, para fazer a gravação, e honestamente, eu me senti como se estivéssemos em uma nova banda. Era um sentimento muito bom. Estamos tocando juntos por quase 10 anos, e parecia que estávamos tentando fazer aquilo pela primeira vez. Todo mundo estava com a mente bem aberta. Tivemos realmente um ótimo momento. Era tão diferente e nós não pensávamos muito. Nós deixamos todos os nossos diferentes lados saírem.
Tinham partes da gravações que eu sentia que estava voltando para o que nós amávamos na nova onda dos anos 80 e parte dos anos 90, e nós deixamos tudo sair como isso foi feito, e eu gosto disso.
O primeiro grande hit do álbum foi Now. Isso significou uma forma de mandar uma forte mensagem para seus fãs depois do que vocês passaram?
Sim! Absolutamente, e honestamente, isso tinha que significar algo pra gente, também. Em um certo ponto durante o período fora de casa, eu realmente senti como se estivesse adormecida boa parte do tempo e como se eu não estivesse vivendo de verdade. Foi um momento difícil pra gente; é difícil perder membros da banda. É difícil seguir durante uma mudança e tinha momentos em que era preciso acordar disso tudo e dar uma agitada, e os garotos também. Essa foi a música que conquistou ganhou confiança de volta. Nós estamos aqui, e nós não temos nenhuma ideia do que virá, mas nós sabemos que há algo e que nós estamos indo no rumo disso. Antes de qualquer coisa, eu pensei que essa era uma música importante pra ser divulgada primeiro. Depois de um longo período de silêncio, nossos fãs ainda nos apoiavam, e a banda ainda significava algo pra eles. Eu pensei que era uma mensagem importante pra voltarmos.Se você pudesse escolher uma mensagem que apoia seu álbum como um todo, qual seria?
Eu poderia dizer que o álbum é sobre não ter medo de seguir em frente, e não ter medo de crescer. Nós tivemos que deixar várias coisas irem embora nos últimos três anos e não apenas com a banda, mas também em nossas vidas pessoais. Nós estamos todos no meio dos 20 anos, e temos tocado música por um longo tempo, mas ainda tinha muita coisa que nós não tínhamos tido experiência, até que nós tiramos um tempo e fomos pra casa viver nossas vidas normais de novo. Eu acho que nós percebemos o tanto que precisávamos crescer, e o quanto precisávamos crescer de maneira geral. Neste álbum, eu senti que cada música tinha sua própria história, mas eu acho que o que resume tudo isso é não ter medo de seguir em frente, não ter medo de deixar partir, e arriscar e desafiar a si mesmo.Eu ouvi dizer que vocês quase não lançaram Still into you com medo de ser muito pop. Faz bem ver todo esse sucesso comercial que a música alcançou?
Claro que faz! Quando escrevíamos eu estava com medo do que eu amava. Eu ia deixar que ditassem o que nós fazíamos como banda, porque eu não queria saber nós poderíamos ser bons naquilo, e fazer aquilo, e nos sentir tão bem sobre tudo. Eu estava escrevendo a letra e a melodia para o coro, e eu olhei para o Taylor e disse, “Oh meu Deus, será que posso fazer isso? Isso parece muito pop.” E Taylor disse apenas, “Bem, você gosta disso? Então quem se importa?” Dali em diante, foi isso que nos deu o gás pra continuar. Isso parecia tão simples, mas é simples esquecer sobre o que você mesmo pensa.Você atualmente está em turnê. Onde você está mais empolgada pra tocar?
Nesse momento estou bastante empolgada pra tocar em Londres, mas vamos chegar nos EUA em algumas semanas, e eu estou com muita vontade de tocar em Seattle, Anaheim, Florida. Eu estou bastante excitada para fazer grandes shows de novo. Desde 2010 nós não fazemos shows como este, então eu estou apenas pronta. Eu estou muito empolgada pra estar no palco e fazer grandes shows de novo.Vocês tem um grande show em Nova York se aproximando. Tem alguma coisa que você gostaria de dizer para os fãs que irão te assistir?
Ahhh, sim! Primeiro de tudo, qualquer show que fizermos no Noroeste do país, mas especialmente Nova York e Nova Jersey, eles sempre ficam loucos. Eu deveria incluir eles nos lugares que eu realmente estou empolgada pra ir. Madison Square Garden, pra mim, é o principal ponto na carreira de uma banda, onde nós podemos dizer, “Nós fizemos isso”. Isso é muito louco! Pessoas de todo mundo sabem sobre o Madison Square Garden. Nós estamos na Inglaterra agora, e eu tenho sido bastante perguntada nas entrevistas sobre como é tocar num lugar como nos EUA. Tanta coisa depende disso, não em um sentido ruim, mas num bom sentido. Nós sentimos como se isso tudo tivesse a ver como onde nós queremos chegar como uma banda. Eu acho que nossos fãs merecem isso também, do mesmo tanto que eu espero que nós mereçamos. Eu espero que a gente tenha um show digno daquele lugar. Estou nervosa, mas muito empolgada! Alguns de nossos fãs estão com a gente desde os nossos shows de 2005. Especialmente quando nós vamos para Nova York, a primeira fileira são sempre rostos familiares. Eu sinto que a coisa mais legal pra mim é que eles podem virar e olhar para a imensa plateia em algum momento e dizer, “Eu estive aqui desde o início. Eu fui o começo disso.” Eles são literalmente os responsáveis pelo fato de cada ano nós crescermos um pouco mais. Temos sido capazes de tocar em lugares enormes e tentar coisas novas e ter a experiência de novas oportunidades. Eu acho que nós fãs merecem mais do que nós fazemos. Eu espero que quando nós fizermos o show lá, as pessoas digam, “Cara, eles merecem estar aqui.” Eu estou preparada pra isso. Eu não consigo dizer o quanto, obviamente! (risos)Aproveite o resto de sua turnê, Hayley. Eu vejo você em Nova York.
Ah, que ótimo! Vejo você lá.