Ícone do site Paramore BR

“Não é apenas uma banda – é nossa vida.” Hayley para o The Cream

Hayley parou para conversar com o The Cream, em Nashville, onde falou sobre carreira solo, a intimidade com os fãs e mais! Confira a tradução:

Essa noite, Paramore – A primeira banda de rock de Nashville a ter um disco platina desde a era “Reagan”, terminando o infame final “Rumo de Nashville” – toca seu primeiro show na Bridgestone Arena. Se arrumando para o show, a cantora Hayley Williams conversou com “The Cream” pelo telefone na semana passada, sobre como Nashville mudou, seu nervosismo para tocar aqui e no Madison Square Garden, sobre não ter planos de virar cantora solo, como equilibrar a intimidade com os fãs e esses grandes shows e mais.

Cream: Vocês tocaram no Madison Square Garden semana passada – parabéns.
H: Obrigada!

Cream: Compare o fato de tocarem como atração principal na Bridgestone Arena aqui em Nashville e ter tocado no Madison Square Garden, um marco para você e para a banda.
H: Acho que, sinceramente, são muito similares, porque eu fico tão nervosa de tocar na Bridgestone quando estava para tocar no MSG. É muita pressão por ser nossa cidade – sei amigos e familiares estarão presentes, e é um lugar gigantesco, mas é um dos últimos shows da turnê, então penso que se tem um show que é pra ser bom, é esse. Tivemos muito tempo pra ensaiar.

Cream: Sendo um show na cidade natal, planejam algo especial? Como trazer um convidado especial no palco ou algo do tipo?
H: Não tenho 100% de certeza ainda. Conversamos sobre isso, mas depende de quem vai estar por aí. Acho que nunca estamos na cidade quando nossos amigos estão. É difícil cruza caminho com quem está na estrada. Falamos sobre isso, então é uma questão de logística agora.

Cream: Paramore foi a banda que quebrou o “Rumo de Nashville”, quando “Riot!” virou platina, 6 anos atrás. Talvez a banda pudesse tocar na Bridgestone naquela época. Porque demorou tanto tempo pra isso acontecer?
H: Não sei, mas acho que tudo foi uma construção lenta desde o começo. Sinceramente, sou grata a isso, obviamente, com o “Riot!” e todo o sucesso que nos trouxe, foi uma transição difícil… Foi tijolo por tijolo, cada ano e foi o certo. Sabe, o caminho que tomamos foi o correto para nós, não sei se funcionaria para os outros. Mas agora estamos prontos. Não acho que naquele tempo faríamos um show no nível do MSG ou da Bridgestone. Agora, somos melhores e estão percebendo. Antes não era o momento certo, entende?

Cream: No seu ponto de vista, qual a diferença entre o cenário musical em Nashville quando começaram e agora?
H: Cara, muita direfença. Achava que gostava de shows e que as bandas eram boas, mas a pegada agora é outra – pra mim – Nashville está mais viva. É mais versátil e eu gosto disso. Não temos muito tempo pra ficar em casa e assistir shows como antes, mas é bom ver Nashville nas manchetes com mais frequência, por bandas diferentes que estão vindo, isso é demais.

Acho muito bacana que tenha, tipo, um espaço para o punk rock e para o rock. Há shows nos porões e bandas de música eletrônica e isso é irado. Taylor disse uma vez, e ele está certo, tem uma parte em nós que fica “Ah, cara!” é como se não fosse mais segredo. Mas acho que Nashville, e os jovens que fazem parte disso, merecem. É uma cidade muito legal para ter como casa. Acho que nunca vou amar uma cidade com amo Nashville.

Cream: Tem ouvido alguma banda daqui?
H: Sempre levamos os Paper Route conosco nas turnês, eles são demais. São realmente demais. Honestamente, poderíamos sortear qualquer uma – há muitas bandas muito boas. Half Noise é incrível, é a banda nova do nosso ex-baterista Zac. Tem muita música saindo. O que Joy Williams faz no The Civil Wars – o novo álbum é brilhante, e o fato disso tudo estar saindo da nossa cidade é muito legal.

Cream: Com a saída tão conturbada na mídia dos irmãos Farro e também o fato de você participar com B.o.B e Zedd, há sempre uma pergunta no ar: se você vai lançar carreira solo. Essa especulação constante te incomoda?
H: Sim. Especulam todo tipo de coisa a meu respeito, sobre a banda, nada é verdade. Minha realidade é acordar todo dia numa turnê com meus amigos e fazer shows toda noite. Não tenho nenhum esquema planejado, do tipo “Quando será que vou me libertar e finalmente virar cantora solo?” [Risos] Não quero ficar sozinha. Pra mim, carreira solo é isso. Viajar o mundo sem ninguém? Parece horrível. Deixe que especulem. Não se pode provar pras pessoas quem você realmente é, você tem que simplesmente ser e se manter assim, é o único jeito de notarem.

Cream: Sente que tem que proteger a percepção do Paramore como banda?
H: Sim, sinto que, especialmente desde que o disco saiu – sim, tem pessoas falando sobre mim, boatos sobre mim, que seja. Mas acho que nossos fãs, mais do que nunca, sabem como somos. Mesmo se parecemos diferentes, mesmo as músicas sendo diferentes, nossos corações batem do mesmo jeito, compartilhar essa paixão que temos em comum que é o Paramore. Então, para mim, a percepção – não sei, tipo, seja lá qual for, sei que quando forem aos nossos shows, os outros e os fãs, vão notar que isso é o que amamos fazer, é Paramore. Não é apenas uma banda – é nossa vida. É nossa paixão, passado, presente e futuro. É o que somos.

Cream: Paramore sempre teve muitos fãs; uma banda que sempre reforçou essa ligação com os fãs. Agora que começaram a tocar em arenas, isso muda? Arenas distanciam. Como fazem para manter a experiência algo íntimo, pessoal, mas também dar um show enorme, lotado?
H: Acho que nunca vamos fazer um show perfeito, não importa quantos ensaios, e o show perfeito pra mim é o que lota mas que faz você se sentir no maior lugar que já esteve, mas também pequeno. Pra mim, isso não tem como ensaiar. É uma ligação e acontece toda noite ou simplesmente não acontece. Nessa nova turnê, temos fãs de anos e outros que começaram a nos acompanhar agora, mas a ligação sempre esteve presente, sou muito grata por isso, porque é tudo que podemos fazer. Tipo, podemos fazer o melhor show de todos os tempos, mas se não nos preocupamos com essa conexão – cada um tem sua história de vida e quando acaba o show, eles voltam a suas realidades – se não conseguimos nos conectar com eles, então falhamos. Não importa se é um show de luzes, lasers ou se estou voando pela arena. Isso vem e vai. Estamos tocando em arenas hoje mas amanhã pode ser que não, se não conseguimos mantes essa conexão com rodos, não cumprimos nosso dever e é isso que faz de um show nosso tão especial. É nossa prioridade toda noite.

Cream: Vocês tem muitos fãs jovens, como fazem para manter eles?
H: É, acho que isso é exatamente o que eu disse anteriormente – a conexão com as pessoas. Se você não está no nível deles de alguma forma, ou em algum momento, eles vão se afastar porque estarão se conectando com outra coisa, algo que os atinge mais forte, sabe?

Nos dois últimos shows – e sinceramente, em todos dessa turnê, especialmente em Toronto – na grade, tinha 4 garotas que conheço desde meus 16 anos, as conhecemos no Buffalo Icon em 2005, abrindo para o Story of The Year, elas foram até nossa tenda de merchandising e conversamos por muito tempo enquanto vendíamos nossas camiseta. As meninas foram em todos os shows que fizemos em Buffalo, Toronto e Nova York – sempre que podiam – desde 2005 e isso acontece toda noite. Literalmente, vejo pessoas com as quais cresci na plateia – toda noite nessa turnê, mesmo em outros países. Há um pessoal no Reino Unido que vão aos nossos shows desde a primeira vez que fomos pra lá, quando eu tinha 17 anos e pra mim isso é maravilhoso. É a melhor parte – crescer junto com eles.

Parece que temos bastante fãs jovens, realmente temos, mas também temos fãs que nos seguem há 8 anos e cresceram conosco e ainda aqueles que estão nos descobrindo agora. Não acho que só temos um tipo de fã. Houve um tempo que tinha um esteriótipo de “Fã de Paramore”, apliques no cabelo, cabelos neon e skinny jeans, mas não é mais assim. São pessoas de todos os jeitos, que fazem coisas diferentes, com variadas idades. Acho que isso é a melhor recompensa por não temos parado quando as coisas ficaram difíceis, sabe? Tipo, continuar em frente, lançar esse cd, ainda temos tempo para passar com essas pessoas e ter elas em nossas vidas.

Cream: Conhecer os fãs pessoalmente aumenta a energia do show, junto com essa ligação – saber do que eles gostam e quem são?
H: Acho que sim, de certa forma, mas agora não podemos sair lá fora pra vender nosso merch. Isso é irreal, mas tentamos de outras maneiras. Pelo twitter, blog, responder perguntas, há vários jeitos – mesmo no meet & greet – queremos mostrar que eles são importante e que são mais do que só um número no ingresso. Sabe, eles não são só isso.

Cream: No começo do Paramore, quem era sua banda local favorita?
H: Ó deus. Bem, quando começamos… na verdade não sei se são de Nashville, mas eu amava uma banda chamada Celebrity. O irmão do Taylor, que toca com a gente agora, tinha uma banda chamava Cecil e eu amava, amava, amava.

Surgiram várias bandas também quando estávamos começando a fazer sucesso, como Love Is Red. Não são de Nashville, mas sempre estavam nas cidade e é tudo que lembro no momento! Foi uma ótima pergunta, mas eu diria – pelo Taylor – ver seu irmão mais velho tocando, foi uma grande inspiração para ele.

Tradução e adaptação: Equipe do Paramore BR.

Sair da versão mobile