O site de crítica musical Noisey fez uma matéria sobre o show da banda no Madison Square Garden e foi (quase) só elogio! Confira a tradução:
“Sonhamos com isso e agora é real!” exclama Hayley Williams antes da primeira performance do Paramore como atração principal no Madison Square Garden. Claro, ela é uma mulher comum; seus sonhos se realizam, com fogo e sangue.
Desde sua origem, o Paramore ia até onde a voz de Hayley os levasse, mas atualmente, a saída atordoada de dois membros, conspirou para tornar esse momento realidade, o que antes era improvável. Hoje a noite, depois de quase uma década lidando com Fearless Music/CMJ e Warped Tours, Hayley não esconde sua apreciação pelo que vai ser “a noite mais memorável de nossas carreiras”. Ao lado de seus companheiros de banda, o guitarrista Taylor York e o baixista Jeremy Davis, Paramore apresenta um característico entusiasmante e de tirar o fôlego show com 21 músicas.
Mas não estou aqui para ser imparcial. Estou aqui pela essência do jornalismo musical: ingressos gratuitos para o show. Estou aqui para confirmar minhas suspeitas:
Paramore é a maior banda de rock do mundo.
Para aqueles com uma fraqueza por um pop rock bem executado e atraente, Paramore lançou o melhor e um dos mais ouvidos álbuns do ano. O disco foi seu primeiro a atingir o número 1 na Billboard, explora inúmeras e supreendentes direções, desde o pop dos anos 60 (“(One of Those) Crazy Girls“), as cantigas no ukelele (“Moving On“, “Holiday” e “I’m Not Angry Anymore“) até um coral gospel (“Ain’t It Fun“). Hayley convence em todas. Suas melodias vocais se tornaram mais destemidas, suas letras mais profundas e não cansativas. Ela é o que há.
Mesmo assim, você não encontraria isso em sua preciosa internet. Não há muitas matérias subjetivas sobre o Paramore. Eles não se preocupam com a crítica e sua inconfortável relação com o virtuosismo. Alguns sites não nomeados aqui, nem se dão ao trabalho de dá-los uma avaliação. Esse tipo de gente que escreve sobre música na internet não está nem um pouco afim de ir a um show de rock numa arena. Eles fazem parte desse mundo! Você não pode fingir que Paramore não existe só por conveniência, isso não é consequência da inércia ou da internet ou do marketing invasivo. Pode-se suspeitar que há algo cínico em relação ao Paramore. Mas eu digo à vocês, não há!
Uma banda de rock com qualidade pode fazer uma arena projetada para jogos de hóquei parecer um lugar tão íntimo como um show de punk num porão. Paramore é jóia rara. O lugar deles é em uma arena. Hayley é um talento mutante refinado e assustador, como Magneto escapando de sua prisão de plastico ou LeBron num jogo; ela alcança as notas mais altas e as cantas o mais alto possível. Quando ela se solta e enche a arena com a força do seu uivo , o clímax é ainda mais emocionante. Normalmente esse tipo de habilidade beiraria algo sem inspiração. Hayley Williams é a excelência em pessoa. Ela simplesmente arrasa.
Vestida num top e calças de couro, sua barriga de fora, Hayley domina o palco com energia infindável, girando e rodopiando como uma borboleta com tatuagem de um ser humano em tamanho real. Ela comanda a plateia com extrema facilidade, em certo ponto, guiando-os por um tutorial de canto.
Com Paramore não há risco de pretensão e ironia. Quando o já mencionado coral gospel surge para “Ain’t It Fun“, é relevador ao invés de entediante. Quando terminam o show convidando um fã sortudo para o palco para cantar a ponte de “Misery Business” juntos, é realmente emotivo. Fiquei com inveja. Quando eles tocam um pedaço de “Landslide” do Fleetwood Mac ao meio de “In The Mourning“, um cara estranho atrás de mim gritou “Continuem!” e todos concordaram. Ela é nossa Stevie Nicks. A encontramos!
Normalmente, quando uma banda atinge esse nível de sucesso, é fazendo coisas ruins. Você os conhece. Quanto mais insistem em serem ruins, o mais populares se tornam, e a cada show os ingressos encarecem. Até que eles param de tocar suas músicas favoritas.
Tem uma música horrenda tocando nas rádios no momento, eletrônica e produzida por Zedd chamada “Stay The Night” com a participação de Hayley Williams. Essa canção sugere que começamos a ir mais devagar em direção a “Corporação Hayley Williams“: álbuns solo; participações em discos do Lupe Fiasco; e comercias da Revlon Colorsilk Luminista.
Pelo menos, Paramore chegou onde está porque continuam melhorando. Suas novas músicas são suas favoritas. Eles querem ser grandiosos sem a aversão que compromete objetivos tão sublimes. É uma grande banda de assistir. Esse é o momento de assisti-los. Eu teria pago para ir. Seria dinheiro bem gasto.
Tradução e adaptação: Equipe Paramore BR