The Snipe News entrevista Taylor York e Jeremy Davis
Por em 17 de outubro de 2013

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Jeremy e Taylor deram uma entrevista nesta quarta-feira (16) para Ria Nevada, da The Snipe News, falando sobre (claro!), música,  o processo de produção do álbum auto-intitulado, os quase 10 anos de banda e o que eles queriam ser quando crianças – além de revelar como organizaram os coros gospel para “Ain’t It Fun” nos shows. Hayley não pôde comparecer pois estava resfriada e foi forçada a repousar a voz. Leia a entrevista completa abaixo:

Ria Nevada: Vocês estão quase completando 10 anos de banda – planejam algo especial para a ocasião?

Taylor: Sim, vamos fazer algo. Ainda não temos nada pronto, mas mesmo se tivéssemos, não poderíamos contar, né?

Ria Nevada: Vamos lá! Só uma dica…

Jeremy: Nós queremos uma dica também.

Taylor: Sim! É surreal estarmos fazendo quase dez anos de banda. É inacreditável. Nós estamos tão gratos por estarmos juntos e tão próximos.

Ria Nevada: O último álbum auto-intitulado realmente alcançou uma forte maturidade, e vocês tiveram a única experiência disso aos olhos do público. Houveram vezes em que vocês queriam apenas retratar e combater isso tudo sem fazer com que as pessoas esperassem um álbum desse crescimento?

Jeremy: Eu acho que temos esse sentimento umas cinco ou quatro vezes por ano.

Taylor: (Risos).

Jeremy Não, é muito difícil estar na estrada sendo constantemente pressionado por fãs e gravadoras para novos álbuns e etc. Há muitas coisas que te dá vontade de tipo ir para casa e apenas ser normal e desejar que ninguém soubesse quem você está namorando ou tudo sobre a sua vida. Mas, sabe, nós amamos tanto isso.

Ria Nevada: Tem sempre aquele período esquisito entre 15-19 – Eu estou realizado, e foi para a melhoria do mundo que eu me fechei no meu quarto todos aqueles anos.

Taylor: Definitivamente há aqueles momentos em que você vê vídeos no Youtube e se vê quando era adolescente fazendo coisas tão estúpidas. Eu não sei, é tão vergonhoso – como se estivesse lá para todo mundo ver.

Jeremy: Isso é verdade!

Ria Nevada: Eles dizem que quando você está se sentindo um pouco perdiod no caminho da sua vida você deveria olhar para trás, quando você tinha 5 anos de idade dizendo o que queria ser, que isso faz com que você volte a se aproximar de suas paixões reais. O que vocês estão fazendo é longe daquilo que queriam ser?

Jeremy: Eu dizia aos meus pais que queria estar em um caminhão de bombeiros ou em um campo de beisebol!

Taylor: (Risos) Eu queria ser um veterinário então eu acho que estou bem longe também!

Jeremy: Sério? Isso é incrível.

Ria Nevada: Vocês fizeram tudo direitinho! E quem sabe talvez mais tarde, na estrada…

Taylor: … Você ainda possa estar em um caminhão de bombeiros.

Ria Nevada: Houve mais de um intervalo entre as gravações do álbum Brand New Eyes e o auto-intitulado – aconteceu alguma mudança no processo de composição?

Taylor: Sim, quer dizer, nós éramos cinco pedaços e de repente dois foram embora, ficando apenas três. Eu acho que estávamos prontos para uma mudança e tivemos que crescer muito. Penso que precisávamos mudar e ter algo a mais para dizer, mas logisticamente sozinhos, tivemos que mudar tudo. O processo de composição simplesmente não funcionou do mesmo jeito.

Ria Nevada: A dinâmica foi completamente diferente.

Taylor: Na pré-produção do Brand New Eyes nós entramos em um quarto e meio que picamos as coisas com a banda inteira. Nós não pudemos fazer isso desta vez. Então cada música é diferente, sabe, cada música foi escrita de diferentes formas e momentos e acabou se tornando diferente. Foi tudo muito orgânico mas foi novo para nós, o que foi legal! Eu penso muitas vezes que tivemos este mesmo sentimento quando começamos a banda, sabe? Haviam aqueles nervos, e também aquele genuína paixão – foi como reencontrar um velho amigo que não viamos há um tempo.

Ria Nevada: Foi isso o que eu descobri ouvindo o álbum, é tão diversificado. É realmente pra cima – a partir das imagens de fantasias até a divertida instrumentação e arranjos. O que influenciou vocês a trazer o ukelele para “Moving On“?

Taylor: É engraçado porque estávamos em turnê com o HelloGoodbye agora e quando o conhecemos, o primeiro show que tocamos foi no Hawaii e tinha muito ukelele no último álbum deles. Então o Forrest, vocalista, me pediu para tocar uma música no Hawaii que eu nunca havia tocado antes em um ukelele e eu fiquei meio que “UAU, demais!”. Então quando entramos em estúdio para escrever, meio que acertamos um bloco enorme de composição e do nada colocamos um ukelele no canto da sala e decidimos escolher ele. Eu acho que tinha algumas coisas que deveríamos falar sobre seguir em frente e dar isso ao processo de gravação. Nós queríamos ignorar e passar por um monte de coisas que estávamos lidando e eu acho que aquelas músicas com ukelele, especialmente por causa do instrumento, fez com que estívessemos prontos para dizer o que precisávamos dizer em uma luz, numa forma divertida, sabe? Sem precisar fazer algo muito sério ou angustiado sobre isso, mas ainda assim pondo isso pra fora.

Ria Nevada: E tem também aquele coro gospel em “Ain’t It Fun”! Toda aquele soul! Foi uma volta para aqueles dias de funk do The Factory?

Jeremy: Haha – foi sim! Sim, foi muito animador fazer algo desse tipo. Eu estava nervoso para gravar a música, porque tipo, eu nunca tive que fazer slap bass para gravar, apenas fazia por diversão com uma banda velha no palco. Então foi realmente diferente – mas sim, foi muito divertido! É incrível para mim saber que o público em geral está aceitando a música funk novamente e amando isso. E também acho que é o tempo certo para isso. Mas como Taylor disse, nós fizemos todas essas músicas de tempo em tempo e o que a música precisou para ser feita nós tentamos adicionar e muitas vezes isso nos fez tomar diferentes rumos que nunca tomamos, como o coro e mais músicas funk. Mas acho que nosso álbum é sobre isso.

Ria Nevada: O coro vai aparecer esta noite?

Jeremy: Um coro.

Taylor: É realmente emocionante – nós pudemos trabalhar com o Grammy Foundation para escolhas. Então em algumas cidades nós vamos trabalhar com escolas de ensino médio, o que faz com que um coro de estudantes de ensino médio se junte a nós. Nós estamos tentando reunir um coro em todos os lugares, como hoje que vamos ter o Sir Charles Tupper Secondary no coro. É muito divertido e especial para nós!

Jeremy: É legal, e é uma coisa local.

Taylor: Jeremy e Hayley estavam envolvidos nos programas musicais na escola e eu acho que não estaríamos aqui sem esses programas.

Ria Nevada: Isso é tão importante, porque muitas escolas estão tirando esses programas musicais e eu acho que isso é loucura!

Jeremy: Isso faz com que mais crianças pensem que isso não é uma profissão ou que não é um sonho a ser seguido, sabe?

Ria Nevada: Exatamente. E agora que, mais do que nunca, há tantos caminhos para prosseguir a música.

Taylor: E esses são anos impressionantes na qual se não há uma maneira para aprender sobre música, ou apenas experimentá-la ou ser ensiná-la… Todos nós crescemos com aulas de música e eu não posso imaginar não ter isso.

Ria Nevada: Sim. Bom, falando sobre influências, vocês fizeram um cover de Loretta Lynn, “You Ain’t Woman Enough e tocaram ao vivo algumas vezes – vocês sabiam que ela vai fazer um show aqui daqui há alguns dias?

Taylor e Jeremy: Oh, sério?

Jeremy: Isso é tão legal. Ela é radical – eu não sabia que ela ainda estava fazendo turnê, especialmente por aqui? Isso é louco.

Taylor: Isso é tão legal! Eu não consigo me imaginar tocando com 81 anos. (Para Jeremy) Você se imagina tocando Ain’t It Fun quando estiver com uns oitenta anos?

Jeremy: Eu sei! Isso seria ridículo. É incrível.

Taylor: Eu acho que ela devia tentar e ir para aquele show que fizemos o cover. Mas algo deu errado, deve ter sido por causa da idade dela e se locomover. Mas ela vai estar daqui há dois dias então, provavelmente, não foi isso!

Ria Nevada: O apelido dela é muito bom também – “A filha do mineiro de carvão” (The Coal Miner’s Daughter”). Isso meio que lembra um nome artístico de lutadores. Então, com isso em mente, vocês estão tocando em uma arena, que nome de lutadores vocês se nomeariam? E que música tema?

Jeremy: Um nome de lutador?! E música tema?! Isso é Pusha-T! Não, apenas brincando…

Taylor: Oh meu Deus, vamos lá…

Ria Nevada: A pressão está pegando agora.

Jeremy: Isso é difícil – e especialmente eu acho que a parte mais difícil é escolher a música que Taylor entraria. Porque ele escuta músicas diferentes – tipo todas as vezes que ele está tocando algo eu fico tipo “isso é legal, quem é?” e é sempre uma banda que nunca ouvimos falar. Eu acho que ninguém nunca ouviu falar.

Ria Nevada: Deve ser das profundezas do SoundCloud.

Jeremy: De alguma forma ele consegue toda essas músicas boas. Ele provavelmente entraria em campo com uma música diferente em cada noite!

Taylor: Ai, caramba. Essa é uma pergunta difícil, cara!

Jeremy: (Para Taylor) Qual é o meu nome de lutador?

Taylor: Seu nome de lutador? Essa é bem difícil… Eu acho que vou te chamar de…

Jeremy: Pusha-T ou Flippa-J?

Ria Nevada: Oh vocês poderiam ser um time! Apenas escolham uma música. Vocês se lembram dos Bushwackers?

Jeremy: Sim sim sim!

Taylor: Sim!

Jeremy: Nós deveríamos escolher “Double Vision“.

Taylor: Nós podíamos ser os Irmãos Barracuda (Barracuda Brothers).

Jeremy: Barracuda Brothers – é isso. Nossa música seria “Double Vision” por uh, quem canta? Eu vou descobrir.

Taylor: “Double Vision”. Por alguém.

 

Fonte

Traduzido e adaptado pela equipe do Paramore BR.

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