The Province: Paramore diminui e fica ainda maior
Por em 16 de outubro de 2013

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Hayley conta como foi trabalhar com Justin Meldal-Johnsen, bloqueio criativo e ainda agradece os irmão Farro. Confira:

O quarto álbum da banda, “Paramore” é um divisor de águas para a branda pop-punk de Franklin. Seu último cd “Brand New Eyes” de 2009, não teve uma performance tão boa quanto o grande sucesso, com direito a certificado platina, “Riot!” de 2007. Isso causou a saída dos irmãos e fundadores da banda, Josh e Zac Farro. Hayley, Jeremy e Taylor resolveram continuar como um trio.

“Tivemos que encarar uma nova realidade, assustadora e diferente. Nos deixou de um jeito que nunca imaginamos antes.” diz Hayley. “Ir ao estúdio dessa vez foi completamente diferente porque a gente sabia que estávamos lá para nos reinventar. A primeira música a ficar pronta foi “Proof”.

Entrar no estúdio com Justin Meldal-Johnsen, que trabalhou com Tegan and Sara em “Hearthrob”, foi a confirmação do novo rumo. Atualmente no Angels & Airwaves e Nine Inch Nails, o baterista Ilan Rubin tocou nas 17 músicas. Williams diz que foi incrível.

“Deus abençoe Josh e Zac pelo papel que eles tiveram em colocar a banda onde ela está hoje, mas estar no estúdio com um baterista que estava disposto a fazer tudo que queríamos foi o sinal de que poderíamos ter todo o tipo de ideia possível. Todos deram o seu melhor pudemos explorar um novo jeito de compor.”

Pela Fueled By Ramen, “Paramore” estreou em primeiro lugar nos EUA, Reino Unido, Irlanda, Austrália, Nova Zealândia, Brasil, Argentina e México. O single inicial “Now” se parece com as músicas antigas, mas o seguinte “Still Into You” mostra um lado mais dançante — meio No Doubt — do novo álbum. Das palmas dos anos 80 em “Ain’t It Fun” até a pegada mais grunge de “Proof” a rodopiante “(One of Those) Crazy Girls”, o cd continua mandando uma música melhor que a outra. Williams mostra alcance, potência e enorme carisma nessas 17 canções.

Nas turnês, o trio está sempre acompanhado de mais três músicos no palco, para fazer tudo funcionar. Significa que vai ter gente suficiente para lidar com os três interlúdios no ukelele, algo que o grupo nunca tinha feito antes.

“Os interlúdios foram nossa salvação do bloqueio criativo após ‘Proof’. Foi então que as músicas começaram a brotar. Justin adora esse tipo de coisa.”

É certo que JMJ é conhecido pelos seus grandes refrões para shows em arenas. Se os álbuns anteriores do Paramore vão da direção oposta disso, essa nova direção os trouxe para um território de gente grande. Incluindo a balada com pegada californiana “Hate To See Your Heart Break”. Considerando o bloqueio criativo da cantora de 25 anos, o álbum traz uma variedade impressionante.

“Fiquei apavorada e com medo de que não conseguiria. Era a pausa mais longa de nossas carreias e única desde que tinha 16 anos (13 quando a banda começou) então fui morar com a minha mãe por um tempo. Depois, fui para L.A e, sinceramente, fiquei sem fazer nada, apenas sentada no sofá. Mas isso foi o que me levou a essa nova visão.”

Veterana na indústria musical, a cantora está definitivamente de olho em coisas maiores de agora em diante. Depois de dar um tiro no próprio pé com os versos “Don’t go crying to your mama/Because you’re on your own in the real world.” parece que as coisas estão suaves para esse revigorado trio.

Tradução e adaptação: Equipe do Paramore BR.