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Jeremy Davis em entrevista à Wireless Magazine

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O Paramore foi capa da Wireless Magazine em Setembro, e trouxe uma entrevista de três páginas com o baixista Jeremy Davis – feita enquanto eles estavam no Brasil -, na qual ele fala sobre a mudança de imagem e som da banda, o clipe de “Still Into You” e sobre como algumas pessoas não sabem usar a internet.

Depois de alguns anos de auto-reconhecida turbulência na infraestrutura, pessoal e profissional, poderia ser fácil argumentar que apesar de estarem na turnê auto-intitulada do seu álbum auto-intitulado tudo sobre a banda mudou – exceto o nome. Depois da formação inicial de cinco se tornar quatro, depois cinco de novo, depois três – fale com qualquer fã e eles diriam algo como: “Eu amo Paramore! Pelo menos, quero dizer, eu acho que eu amo! Não estou certo, quem está na banda? Agora?”

A banda pop punk americana começou com quatro amigos de infância. Hoje, apesar de ainda liderada pelo fogo de artifício vermelho Hayley Williams, enquanto levando o membro original Jeremy Davis no baixo – os fãs ainda assim estavam preocupados que a evolução da banda, por conta da perda dos seus membros fundadores: se tornaria Hayley Williams and The Machine. Ou Hayley and The Diamonds. Ou Hayley and The Maker. Você entendeu. No entanto com o lançamento do seu novo álbum e sua nova imagem, ficou aparente que o Paramore, com o novo guitarrista Taylor York, virou um trio mais unido e balanceado do que nunca.

A faixa de abertura do álbum, “Fast in My Car” toca nisso – e Williams alegadamente a escreveu sobre o vínculo entre os membros da banda. Jeremy Davis explica: “Eu sinto que a letra dessa música te conta tudo que você precisa saber sobre o que aconteceu antes e onde estivemos. E meio que, estamos abrindo o álbum dizendo, ‘Hey, nós tivemos fora por um tempo e sabemos disso, eu e meus três amigos aqui, nós estivemos em uma longa luta, mas estamos de volta e nos sentimos vitoriosos.’ Nós sentimos como se tivéssemos passado pela guerra, sabe? *risos* Não, estou falando sério. Realmente parece.”

Sendo questionado sobre como essa amizade funciona, ele diz: “Eu acho que todo mundo precisa de um chão estável no qual cair, você precisa de alguma coisa confiável que seja sua. Você meio que não tem nada durante as turnês. Sem família, sem os amigos próximos, sem acesso a sua própria cama. Felizmente, nossa amizade só cresceu mais e mais, apesar de passarmos todo hora de todo dia juntos, mas porque nós balanceamos um ao outro. Nós mantemos os pés um do outro no chão – esperançosamente no lugar certo.”

Para qualquer fã, o novo álbum foi interessante porque era um som distintamente diferente. Ainda era inquestionavelmente Paramore, mas mais puro, potencialmente menos claustrofóbico e disperso com interludes que mudaram a atmosfera de todo o álbum. Mesmo com muitas novas influências e estilos no álbum, a banda contudo reescreveu uma de suas músicas antigas, sugerindo que ela tivesse algum significado prolífico, mas Davis se mantém firme no simbolismo semântico das músicas, e nos som: “Cada música é muito pessoal para a Hayley, elas são todas alguma coisa pela qual ela passou. Eu suponho, quando estamos escrevendo o álbum – eles sempre nos pedem para compor o maior número de músicas possível, nós fizemos isso, então é estranho que tenhamos trago uma música antiga para o novo álbum. Eu imagino que o que nós estávamos fazendo era que nós realmente queríamos evoluir e soar como uma banda nova, sermos capazes de mostrar todas as novas influências, ou algumas que nunca pudemos mostrar – mas o que nós também tentamos fazer foi nos mantermos a algumas músicas do álbum antigo, porque não queremos excluir nenhum dos nossos fãs antigos. Eles estiveram lá para nós. Nós queríamos que eles tivessem alguma coisa a qual já estavam acostumados, também.” Ele pausa: “Isso foi difícil, para falar a verdade – escrever músicas que soassem como o Paramore, quando tudo tinha mudado. A música meio que significa isso, eu acho. Foi desse jeito que olhamos para esse álbum. O quanto podemos salvar do som inicial do Paramore e colocar nas nossas novas influências? Nós trouxemos uma música dos mortos.”

Os fãs hardcore do Paramore provavelmente teriam devorado outro disco pop punk, de cabelo flamejante, meias rasgadas e casaco de moletom – no entanto, tanto a imagem quanto o som do Paramore mudaram, inegavelmente, mas não para pior. Com seu novo clipe “Still Into You” parecendo um vídeo criativo para acompanhar uma sessão de fotos da Nylon Magazine, Davis explica da onde a mudança de imagem se originou: “Acho que pela primeira vez todos nós estamos interessados em vestirmos o que queremos no palco. Acho que se tornou menos em se encaixar no esteriótipo que você deveria e mais em se expressar, e ser quem você é. Você sabe, ao invés de ser ‘Ei gente, nessa turnê vamos nos vestir assim, assim e assim’, nós literalmente deixamos o outro ser quem é. Não tem mais nenhum selo na nossa imagem. No geral, nosso maior objetivo nesse álbum foi fazer com que ele soasse mais positivo, que as pessoas pudessem tirar algo dele. É sobre esperança e se permitir se sentir livre e bem sobre tudo. Acho que isso está vindo nos nossos estilos e tratamento dos vídeos. Não pensar tanto sobre tudo meio que funciona para a gente.”

“Fazer o vídeo de Still into You foi meio – ‘Ok, ao invés de mostrar um casal fazendo um piquenique, ou uma história de amor de três minutos, vamos simplificar isso e vamos tentar e mostrar como o sentimento de amor parece por DENTRO. Então sim, é só a gente andando de bicicleta por aí, com centenas de balões multi-coloridos, felizes e despreocupados. Porque isso é meio como o amor. Agora, nós nos mantemos a qualquer coisa que a música nos peça para fazer. O que é realmente estranho? Já que o disco é mais positivo no geral, eu acho que isso aparece em nós, também. Nossos clipes, como nos vestimos, como falamos.”

Davis toca no ponto em como a banda, no geral, põe esforços em se manterem positivos. Embora ocasionalmente a Williams pode parecer uma pouco “diva”, os três membros restantes não desistiram da banda, porque eles são gratos em ter tido a oportunidade no primeiro lugar, o que é louvável. Perguntado sobre como eles lidaram com a tão pública nota deixada pelos membros fundadores, anunciando sua saída ou a reação online de milhares de fãs, enquanto eles tentavam deixar a banda sobre a água, ele comenta: “Bem, tem coisas boas e ruins sobre ter tudo tão acessível as pessoas pelos telefones. A acessibilidade disso, as vezes supera as consequências e as pessoas esquecem o poder do que eles estão dizendo. Eu quero dizer, depende de como você usa. Você tem um telefone no seu bolso, com o qual você pode falar com a sua família, olhar para as suas fotos por horas a fio, ou colocar alguma coisa na internet que tem o potencial de ofender centenas, se não milhares de pessoas, ao redor do mundo. Essa é uma responsabilidade estranha, e uma que eu acho que as pessoas não levem em consideração o suficiente. Não me entenda mal, eu e a Hayley amamos o Twitter o e Instagram e todos nós temos acesso a isso, mas ás vezes é melhor não ser capaz de ser consumido por isso. O mundo online não é a realidade. Nós como um banda fizemos mais mudanças positivas em nós mesmos e eu acho que isso é realmente perceptível e nós temos nossas cabeças erguidas.”

Paramore vai estar realizando alguns dos seus maiores shows britânicos mais tarde esse mês, com cinco shows de arena no final de Setembro cobrindo Manchester, Cardiff, Birmigham, Nottingham e finalmente Londres. A notícia chocante de um verão quente no Reino Unido certamente viajou o globo na época dessa entrevista: “Nós estamos no Brasil agora – e trouxemos shorts e camisetas e acabou que é inverno aqui, estou chateado de saber que você está tendo uma onda de calor aí, a Grã-Bretanha é o lugar mais bonito do mundo quando o sol está brilhando.” Ele certamente passou um final de semana ensolarado em Warrington alguma vez.

O álbum está disponível para compra e download mais ou menos em todos os lugares – mas numa nota final – a banda pede gentilmente que vocês os sigam no Instagram e chequem o website deles para atualizações na corrente competição, “Paraoke” – que aparentemente, é hilária.

 Fonte.

Tradução e Adaptação: Equipe do Paramore BR

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