Revista australiana Hysteria entrevista Hayley Williams
Por em 4 de abril de 2013

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O Paramore está na edição deste mês da revista australiana “Hysteria”. A Hayley concedeu entrevista e nela fala sobre o que o Paramore significa pra ela, Disney, novas músicas, projetos paralelos, dentre outros. Confira os scans e a entrevista abaixo:

Scans:  Hysteria

   

REVISTA: Primeiramente eu queria dar as boas vindas de volta ao Paramore e dar parabéns ao novo álbum. Hayley, você é famosa por dizer “We are Paramore” (Nós somos Paramore) nos shows, então conte-nos um pouco sobre o que o Paramore significa pra você nessa nova jornada juntos. HW: A parte mais legal de falar isso todas as noites é que virou uma coisa grande agora. Nossos fãs falam isso TÃO alto. Assim que eu solto a palavra “nós” da minha boca, eles terminam a frase, e é tão alto e triunfante que eu sinto que eles são parte do Paramore também. Quando nós começamos, definitivamente pareceu que essa é a nossa banda, isso é o que nós fazemos e que tudo isso é o nosso trabalho. Eu sinto que ficou bem maior do que nós agora, e nossos fãs também fizeram isso parte da vida deles. Paramore é a minha vida. Eu estou animada com esse disco porque eu sinto que quando nossos fãs ouvirem ele, eles ouvirão as pessoas atrás dele, mais do que as próprias músicas. Soa como o Jeremy, o Taylor e eu. Soa como nossa personalidade, e com a parte mais profunda de nós mesmos, e eu estou muito orgulhosa disso. Nós estivemos tentando fazer esse disco por muito tempo, e nunca foi a hora certa, até agora.

REVISTA: Em ‘Fast in My Car’ você diz: “Temos nossa engrenagem de revolução, mas só queremos nos divertir.” Foi uma inspiração de ar puro escrever esse disco auto-intitulado?
HW: Eu não sei se sabíamos que iria ser um disco auto-intitulado até o meio das gravações, e foi tão “não pensado” que acabou se encaixando. Essa música em especial dá idéia de como é o resto do disco, em questão das letras, e como a história continua. Nós estamos prontos para deixar o drama e o “BS” para trás. Tem sido uma longa jornada para chegar onde estamos agora, e nós só queremos aproveitar isso, e queremos que as pessoas aproveitem conosco e deixem para trás a nossa parte negativa. É um novo ciclo para a banda e nós queremos que as pessoas experimentem isso.

REVISTA: “Still Into You” e “(One of Those) Crazy Girls” me lembra um No Doubt ‘old school’. Vocês fizeram um tour com eles um tempo atrás. A Gwen motivou o gunge eletrônico dos anos 90 para esse álbum?
HW: Eu acho que a era grunge/punk dos anos 90 está fervendo nesse momento, especialmente com as garotas da minha idade. Parece que todos nós estamos puxando as memórias que temos dos anos 90. Os anos 90 são tão nostálgicos para pessoas da minha idade, e o que eu gosto daquela era de No Doubt é quanta personalidade se escuta em cada um dos instrumentos. Isso é o que faz as pessoas lembrarem de No Doubt quando elas ouvem as músicas novas. Nós colocamos muita personalidade e sarcasmo nas músicas, e isso se dá devido a era em que isso era proeminente nas músicas. Você podia ouvir a vida toda da Gwen em uma música. Você podia ouvir o coração dela, as caras que ela poderia fazer e a atitude que ela tinha. Eu acho que Still Into You e (One of Those) Crazy Girls talvez sejam minhas músicas preferidas por causa da personalidade que botamos nela. Parece natural.

REVISTA: Sim, você pareceu bem peculiar em Interlude: I’m Not Angry Anymore e Interlude: Feriado. Eu nunca tinha escutado esse seu lado, eu amei. Você acha que como trio, pode experimentar mais?
HW: Por mais longe que as composições vão, muita coisa mudou porque o Taylor tem um conhecimento musical muito diferente do que o Jeremy e eu. Tem muitas músicas que nós três amamos, mas Taylor tem um super conhecimento diverso como músico, então nos saímos muito bem com ele compondo. Quando eu podia escrever para as coisas dele, surgiram lados diferentes de mim e do Jeremy. Tem menos cozinheiros na cozinha agora, nós estamos de mente aberta e experimentando coisas novas. De novo, foi o momento certo de nossas vidas para fazer esse álbum. Nos sentimos confiantes.

REVISTA: Eu amei o coro dos refrões. O que inspirou vocês a fazerem isso?
HW: [Risos] Isso foi meio que acidente. Taylor e eu estávamos compondo em um quarto de hotel, nós tínhamos um pequeno estúdio montado, e ele tinha esse pequeno “loop” quando entrei, e fiquei tipo, “Whoa, o que é isso, é tão legal.” Ele disse que estava testando coisas no meu computador, e eu fiquei tipo, “Espere, então você não está usando isso para nada? Isso não é a nossa demo do Paramore ou algo assim?” E ele ficou, “Não, eu só estou testando.” Ele pensou que eu não ia gostar, mas eu disse, “Cara, isso é a coisa mais legal que eu já ouvi. Soa como se Paula Abdul se juntasse ao Siouxsie e The Banshees.” Ele tinha esse “loop” estranho que eu amei. Nós começamos a construir isso, e no final da noite nós tínhamos vocais demos só para ver se ficou bom. Eu disse: “Cante essa parte comigo, vamos fazer como um coro gospel.” Ele concordou, e nós tentamos e tentamos até que soou como o pior coro gospel que já havíamos escutado.

REVISTA:  Você pode nos contar a história por trás de Let the Flames Begin Parte II?
HW: Nós escrevemos tantas canções para o disco e não percebemos o tipo de som pesado que queríamos. Nós normalmente temos um som assim em cada disco, que queremos muito tocar ao vivo. Nós gostamos de música industrial, gostamos de metal e coisas pesadas. Taylor e eu começamos a falar sobre como seria divertido fazer outra canção como Let the Flames Begin, porque os nossos fãs amam-na tanto e nós gostamos dela. Então ele disse: “Por que não fazemos a parte II de Let the Flames Begin?” e eu disse: “Cara, isso seria tão maneiro.” Nós somos fãs da banda mewithoutYou e eles são conhecidos por fazerem coisas assim… tipo, partes II e continuações de músicas. É como uma coisa íntima que só os fãs sabem. Isso nos inspirou, e eu peguei algumas partes da letra de Let the Flames Begin e meio que peguei essas idéias emprestadas para completar a história. Como uma adolescente, quando eu escrevi Let the Flames Begin, tinham muitas coisas pesadas na minha mente. Eu me sentia muito deprimida com o modo em que eu via o mundo e em como eu sentia a minha fé em contraste com o mundo. Eu ainda tenho esses sentimentos.
Eu tenho 24 anos agora e acho que a minha visão do mundo mudou um pouco. Eu vi mais do mundo. Eu cresci bastante, mas ainda há momentos escuros na minha vida em que eu procuro por esperança e pela verdade. Eu acho que muitos de nossos fãs – pelas conversas e cartas que lemos – passam por isso também. Foi importante continuar essa história e deixar as pessoas saberem onde estou agora.

REVISTA:  Aureole da Lust for Life em Brisbaine recentemente tatuou você. Conte-nos sobre sua tatuagem de carta de amor?
HW: É minha homenagem ao amor de longa distância.

REVISTA: Agora. Mudando de assunto, você tem algum plano para um projeto paralelo com Chad [Gilbert]?
HW: Não. Nós dois estamos sempre ocupados com música. Eu achava que era ocupada, e depois que vi a agenda dele eu fiquei pasma. Ele é um viciado em trabalho. É ótimo porque nos damos apoio em tudo o que fazemos, mas por mais que toquemos juntos e nos divertimos em casa… Não temos nenhum plano para algo especial.

REVISTA: Suas meias do Mickey Mouse em Brisbaine estavam demais. Você vai muito a Disneylândia? Eu vi que você e o Chad foram no dia dos namorados.
HW: Eu as ganhei da esposa do Jeremy. Eu sou uma grande fã da Disney. Meus amigos e namorado também. Sempre estamos na Disney. É quase uma piada sobre o quanto eu gosto do Mickey Mouse, Disney, A Pequena Sereia, e qualquer coisa desse tipo! Quando eu ganhei as meias eu tive que usar elas para tudo o que fizemos esse ano. [risos].

 

Traduzido e adaptado pela equipe do Paramore BR.

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