Taylor cede entrevista ao portal polonês Magazyn Gitarzysta
Por em 23 de fevereiro de 2013

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Taylor York concedeu uma entrevista ao portal polonês Magazyn Gitarzysta, onde ele fala sobre sua atual relação com Zac e Josh, sobre processo de produção do novo álbum e sobre o mais recente single da banda, Now, dentre outros assuntos. Confira a tradução:

Paramore é uma banda que existe há cerca de 10 anos na indústria da música. O Impact Festival desse ano estreou 3 álbuns inteiros, o que não teve muito impacto na história do entretenimento musical na Polônia, mas definitivamente ganhou um atenção especial nos EUA. o 4º álbum da banda do Tennessee é especial por pelo menos duas razões. Primeiro, Paramore agora é um trio enérgico e, segundo, a sonoridade de sua música com a qual estávamos acostumados, definitivamente mudou. Qual é o resultado final?Taylor York está aqui para responder…

Michal Lis: Em que direção vocês queriam ir com o novo álbum?
Taylor York: Para ser honesto, no início nós não fazíamos ideia de onde chegaríamos (risos). Antes de você iniciar algum projeto pra valer, você sequer consegue montar uma frase sobre isso. Quando estávamos nos preparando para trabalhar no álbum, tentamos escrever músicas que fossem semelhantes ao que ouvíamos no 3º álbum. Entretanto, percebemos que essa não era um boa ideia, então nos deixamos levar pela criatividade. Agora, quando escuto essas músicas, cada uma delas me surpreende porque todas soam diferente. Não acho que estávamos cientes de que tipo de gravação estávamos compondo até que estava feito.

ML: Você disse que se surpreenderam com a sonoridade final do álbum. Qual é a ideia presente no álbum?
TY: O fato de ser auto-intitulado diz muito. Certamente foi para nos separar de tudo o que aconteceu nesses últimos 2 anos com a banda. Agora mais do que nunca estamos convencidos de que isso é o que o Paramore sempre deveria ter sido.

ML: Isso é interessante, considerando o fato de que após eu ter ouvido algumas das músicas, eu imediatamente pensei que elas soavam mais como pop, não como rock. O que podemos esperar do produto final?
TY: Pessoalmente, não acho que nosso single (Now) tenha sido um música pop. O mesmo com o resto do álbum. Se alguém tiver essa impressão, tudo bem, não me importo. Depende do que você espera desse álbum. A sonoridade dele é resultado do lugar em que cada um de nós se encontra agora e de nossas inspirações. Nele você vai encontrar músicas em que você pode dançar e algumas baladas – essa sim é uma mudança em nossa personalidade musical.

ML: Você mencionou o single “Now”. Porque escolheram essa música para ser o single?
TY: Estamos ligados a todas as músicas, mas mesmo durante a produção estávamos com o pressentimento de que essa música resume o que temos a oferecer agora. Ela está ligando o nosso passado com nosso presente. Não queremos que as pessoas esqueçam que acima de tudo, nós somos uma banda de rock.

ML: O álbum tem quantas músicas?
TY: São 17. 14 músicas e 3 faixas bônus.

ML: Bastante tempo se passou desde o último disco. Vocês sentiram alguma pressão sobre a importância desse novo álbum depois desse tempo todo?
TY: Com cada novo álbum existe uma pressão de se criar o melhor até agora. Ninguém entra no estúdio querendo fazer um álbum mais ou menos. Espero que as pessoas apreciem nosso trabalho e gostem desse álbum tanto quanto nós. Essa questão não foi realmente um problema conosco.

ML:Você consegue descrever como o processo de composição desse álbum?
TY: Primeiramente nós estávamos trabalhando em uma esfera criativa. Nunca havíamos experimentado isso. No estúdio havia apenas os instrumentos e a gente. Estávamos abertos a todas as ideias que vinham em nossas mentes e as demos vida. A cooperação com o Justin-Meldal nos ajudou muito. Ele sabia o que estava fazendo então aprendemos muito com ele. Muitas dessas experiências acabaram fazendo parte das gravações e é por isso que soa melhor do que qualquer coisa já tenhamos gravado.

ML: Depois que Zac e Josh saíram vocês pensaram que talvez fosse o fim do Paramore?
TY: No início nós ficamos muito confusos. Éramos muito próximos. Estávamos acostumados com as coisas daquele jeito. Apenas alguns meses após o rompimento é que percebemos o quão alegre o ambiente estava sem eles na banda. A diferença entre antes e agora é que realmente queremos estar nessa banda e tocar músicas juntos. Quanto menos gente na cozinha, mais saboroso é o prato.

ML: Você pode me dizer o que não estava dando certo na banda antes?
TY: Ambos os lados queriam algo diferente. Começamos a tocar juntos quando éramos crianças. O tempo foi passando e todos nós fomos crescendo. Nossas metas e prioridades mudaram – você não escapa disso. Zac e Josh não queriam mais fazer parte do Paramore, não havia sentido forçá-los a ficar

ML: Vocês ainda mantém contato?
TY: Eu e Zac sempre fomos melhores amigos. O racha na banda felizmente não mudou isso. Embora eu só possa falar por mim. O tempo cura, mas cada um precisa de um tempo diferente para lidar com isso.

ML: Vocês perderam dois músicos. Quanto tempo vocês levaram para se acostumarem a serem um trio?
TY: Acho que ainda estamos nos adaptando. Não me lembro de nenhuma conversa séria que tivemos sobre isso. Apenas pegamos nossos instrumentos e começamos a tocar. Não levou tanto tempo para nos acostumarmos a isso. Talvez não seja conveniente e confortável, mas aprendemos a lidar com isso. Quando tocamos ao vivo, meu irmão se junta a nós e tudo funciona perfeitamente.

ML: Quais tipos de guitarra você está usando atualmente?
TY: Eu ainda tenho duas Jazzmasters da Fender. Recentemente eu estive mexendo com os conversores delas e agora soam bem melhor. Eu uso um Gibson Midtown com dois P90 também, e nesse álbum eu a usei bastante. Também dá pra ouvir uma Rickenbacker, que eu achei em algum lugar. Sobre os conversores, tem o P90, que eu já mencionei e um Humbuckery.

ML: Qual você vai levar na tour com você então?
TY: Ainda não sei. Não tivemos tempo para pensar nisso ainda. Preciso conferir algumas coisas antes de escolher. Não acho que vou mudar o equipamento que usualmente levo em tour.

ML: Descreva o papel que cada um desempenha na banda. Quem escreve as músicas?
TY: No processo de produção do álbum, a Hayley foi a responsável pelas letras, eu compus a música. Tudo começou a funcionar à medida em que sentamos juntos numa sala e discutimos nossas ideias. Quando se tratou das primeiras ideias e da estrutura, essa certamente foi uma responsabilidade colocada em meus ombros. (risos)

ML: E como você lidou com a carga? (risos)
TY: Pra falar a verdade, eu não fazia ideia do que tava fazendo (risos). Em algumas vezes foi assustador, outras vezes encaixava perfeitamente no que somos agora. Eu tento sempre aparecer com alguma coisa nova e não ficar travado em um estilo musical. Eu estava em pânico no início, mas quando eu percebi que não tinha outra opção, eu comecei a trabalhar e a escrever a música. Pelo menos eu espero que seja isso que eu estava fazendo (risos).

ML: Onde vocês vão fazer tour esse ano?
TY: Pelo o que eu sei, estaremos em tour por 260 dias, então viajaremos pelo mundo todo! Não tenho certeza sobre onde exatamente iremos, mas vamos tocar na Polônia, então espero vê-los em breve!

Tradução: Paramore BR | Fonte.

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